domingo, 6 de novembro de 2011

Educação: aprender a aprender



Precisa-se aprender a viver em sintonia com as novas necessidades de uma sociedade em constante transformação. A educação, além de trabalhar com os saberes, deve possibilitar a interação do indivíduo com o mundo ao seu redor, com as novas formas de comunicação, com as pessoas e consigo mesmo. A educação baseia-se em: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver e aprender a ser.

Educação: um processo em construção a cada dia



Ensinar é uma especificidade humana como nos deixou bem claro Paulo Freire em suas obras, mais especificamente no livro “A Pedagogia do Oprimido”. Sen­do uma especificidade humana, entende-se que ensinar deve ser um ato de paixão, amor, dedicação, competência e comprometimento. (FREIRE, 1987)
Atualmente há uma grande preocupação para que a educação chegue para todos, e proporcione condições para que os indivíduos atuem como sujeitos na sociedade. Com isso se percebe que a educação deve preparar os indivíduos para as transformações que estão ocorrendo nessa sociedade.
A importância da educação como uma das alavancas que possa con­tribuir para a formação de um sujeito mais participativo nas tomadas de decisões da sociedade é destacada como algo importante para o espaço educacional.
Torna-se indispensável, dentro desta perspectiva educativa, que todos, educadores ou não, reconheçam a educação como um projeto social importante. Por isto, a educação precisa ser cada vez mais considerada como um dos componentes que podem contribuir de forma significativa com a formação de sujeitos responsáveis com determinadas funções na sociedade. Assim sendo, fundamenta-se, então, a necessidade de participação de todos os envolvidos no processo educacional, nas decisões que arrolam a continuidade e o aprimoramento desse processo, a fim de que se efetive um maior envolvimento com o destino da educação e sua própria prática cotidiana. (MINASI, 1997)
Percebo a preocupação em proporcionar uma mudança que leve para o meio escolar condições para que os indivíduos possam agir em seu meio e se torna­rem mais atuantes na sociedade, através de uma forma mais crítica e menos aliena­dora, passando a serem sujeitos conscientes de suas ações.
Neste contexto Alarcão (2001, p. 27) relata que:


Se quisermos mudar a escola, devemos assumí-la como organismo vivo, dinâmico, capaz de atuar em situação, de interagir e desenvolver-se ecologicamente e de aprender a construir conhecimento sobre si própria nesse processo. Considerando a escola como um organismo vivo inserido em um ambiente próprio, tenho pensado a escola como uma organização em desenvolvimento e em aprendizagem que, à semelhança dos seres humanos, aprende e desenvolve-se em interação.

Sendo assim, a educação dessa forma deve ocorrer em função do conhecimento de nós mesmos em relação ao mundo, e deste em relação a nós. Não deve haver edu­cação sem a construção do conhecimento, e conhecer algo significa estar no mundo, e estando no mundo agir sobre ele. Portanto, a escola para cumprir esse papel e construir no­vos valores e atitudes diferentes, deve ter suas ações voltadas para a construção e socialização de conhecimentos mostrando novas possibilidades de leitura de si e do mundo.
Precisa-se aprender a viver em sintonia com as novas necessidades de uma sociedade em constante transformação. A educação, além de trabalhar com os saberes, deve possibilitar a interação do indivíduo com o mundo ao seu redor, com as novas formas de comunicação, com as pessoas e consigo mesmo. A educação baseia-se em: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver e aprender a ser.